
Perfil genómico abrangente
Nesta secção, irá aprender sobre o perfil genómico abrangente (CGP) e a promessa que esta abordagem representa na tradução dos dados genómicos em informações úteis a nível clínico. Poderá ajudar a identificar opções de tratamento mais específicas para os doentes com CUP.
Introdução
O que é a abordagem do perfil genómico abrangente?
O perfil genómico abrangente (CGP) pode ser realizado em diferentes tipos de cancro para converter os dados genómicos em informações clinicamente relevantes. Poderá ajudar a suportar opções de tratamento para o CUP orientadas molecularmente.1–4

O que deteta o CGP?
O CGP utiliza a tecnologia de sequenciação de nova geração (NGS) para detetar os quatro tipos principais de alterações genómicas, num painel alargado de genes relacionados com o cancro e identifica assinaturas genómicas como a carga mutacional do tumor (TMB) e a instabilidade microssatélite (MSI).4–9

Que tipos de alterações genómicas consegue identificar o CGP?
Todos os serviços da Foundation Medicine detetam as quatro classes principais de alterações genómicas num único teste. O FoundationOne® CDx deteta também a TMB e a MSI, e o FoundationOne® Liquid deteta a MSI.3–5,10

1. Ross JS et al. JAMA Oncol 2015; 1: 40–9.
2. Varghese AM et al. Ann Oncol 2017; 28: 3015–21.
3. Foundation Medicine, Inc.: Genomic Testing 2018. Disponível em: www.foundationmedicine.com/genomic-testing (último acesso em março de 2019).
4. Frampton GM et al. Nat biotechnol 2013; 31: 1023–31.
5. He J et al. Blood 2016; 127: 3004–14.
6. Gagan J and van Allen EM. Genome Med 2015; 7: 80.
7. Rozenblum AB et al. J Thorac Oncol 2017; 12: 258–68.
8. Suh JH et al. Oncologist 2016; 21: 684–91.
9. NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology: Non-Small Lung Cancer Version 6.2019. Disponível em: www.nccn.org/professionals/physician_gls/recently_updated.aspx (último acesso em janeiro de 2019).
10. Chalmers Z R et al. Genome Med 2017; 9: 34.
Perfil genómico abrangente vs. perfil de expressão génica
De que forma são comparáveis o CGP e o perfil de expressão genica (GEP)?
Conforme mencionado, o CGP identifica as alterações no ADN tumoral, enquanto o GEP analisa os padrões de expressão de genes com base no mRNA. Os padrões de expressão de genes podem ser reconhecidos numa maioria de metástases, onde os padrões podem refletir o respetivo tecido de origem.1–4

1. Chalmers ZR et al. Genome Med 2017; 9: 34.
2. Frampton GM et al. Nat biotechnol 2013; 31: 1023–31.
3. He J et al. Blood 2016; 127: 3004–14.
4. Greco FA et al. Ann Oncol 2012; 23: 298–304.
Um exemplo da utilidade do CGP no cancro do pulmão
CGP exemplificado no cancro do pulmão de células não pequenas (CPCNP)
O CGP, com painéis multigénicos validados, identifica as alterações genómicas potencialmente relevantes a nível clínico no tecido tumoral. As opções de tratamento podem ser personalizadas tendo em conta o padrão de alteração do doente.1
Na linha da frente deste desenvolvimento encontra-se o CPCNP, para o qual as terapêuticas-alvo foram clinicamente validadas e demonstraram melhorar os resultados.2–8
Pensava-se que o CPCNP era apenas uma doença. Sabemos agora que muitas alterações diferentes levam ao desenvolvimento de cancro do pulmão. Observando a variedade de tipos de CPCNP, percebemos que a variedade de perfis genómicos revela diferentes entidades. Ao utilizar o CGP, o CPCNP apresenta uma série de subtipos moleculares.

1. Foundation Medicine, Inc. 2018. Disponível em: www.foundationmedicine.com (último acesso em março de 2019).
2. Drilon A et al. N Engl J Med 2018; 378: 731–9.
3. Planchard D et al. Lancet Oncol 2016; 17: 984–93.
4. Hellmann MD et al. N Engl J Med 2018; 378: 2093–104.
5. Peters S et al. N Engl J Med 2017; 377: 829–38.
6. Soria JC et al. N Engl J Med 2018; 378: 113–25.
7. Rosell R et al. Lancet Oncol 2012; 13: 239–46.
8. Sequist LV et al. J Clin Oncol 2013; 31: 3327–34.
O potencial do CGP na síndrome de CUP
Qual é o potencial do CGP na síndrome de CUP?
A maioria dos doentes com CUP (80–85%) apresenta um perfil de risco desfavorável e, atualmente, estes doentes têm um prognóstico reservado apesar do tratamento com diferentes combinações de quimioterapia em ensaios clínicos. Neste grupo específico, a taxa de resposta ao tratamento é baixa e a sobrevivência global mediana é geralmente inferior a um ano. O CGP demonstrou que quase todas as amostras de CUP incluem alterações accionáveis, podendo melhorar as opções limitadas e os prognósticos desfavoráveis dos doentes com CUP.1,2

1. Ross JS et al. JAMA Oncol 2015; 1: 40–9.
2. Subbiah IM et al. Oncoscience 2017; 4: 47–56.
Opções de terapêutica dirigida molecularmente
Os doentes com CUP com prognóstico desfavorável recebem terapêutica padrão: quimioterapia com dupleto de platina ou quimioterapia com paclitaxel. Em vários estudos de fase II com combinações de platina/taxano ou quimioterapia com paclitaxel, as taxas de resposta geral foram de aproximadamente 30% e a sobrevivência mediana variou entre 7 a 11 meses.1–3
O potencial do CGP na síndrome de CUP
Os doentes com CUP representam uma população heterogénea, que engloba uma série de alterações potencialmente acionaveis. Uma publicação demonstrou que em 30% dos doentes foram identificadas alterações genómicas potencialmente acionaveis pelo perfil molecular do tumor.4
Conforme descrito noutra publicação, foram analisadas amostras de 200 casos de CUP com CGP (ensaio de biópsia de tecido da Foundation Medicine) para determinar se é possível identificar as alterações genómicas que podem servir de base para a terapêutica dirigida para CUP.5 Dos 200 casos de CUP, 96% exibiram pelo menos uma alteração genómica, com uma ou mais alterações genómicas clinicamente relevantes identificadas em 85% destes casos (169 de 200).5

Análise da base de dados da FoundationCoreTM referente aos dados de doentes com CUP
A análise dos dados de doentes com CUP da base de dados da FoundationCoreTM (composta por dados da Foundation Medicine) também indicou que um ensaio clínico prospetivo com terapêuticas dirigidas molecularmente é clinicamente viável.6

1. Huebner G et al. British Journal of Cancer 2009; 100: 44–9.
2. Hainsworth JD et al. J Clin Oncol 1997; 15: 2385–93.
3. Greco FA et al. J Clin Oncol 2002; 15 (20): 1651–6.
4. Varghese AM et al. Ann Oncol 2017; 1 (28): 3015–21.
5. Ross JS et al. JAMA Oncol 2015; 1: 40–9.
6. Krämer A et al. J Clin Oncol 2018; 36 (15): (suppl e24162).